Josef Fares, diretor de It Takes Two e do futuro Split Fiction, afirmou que a Hazelight Studios nunca fará um jogo live-service.
“Não teremos isso, não acredito nesse modelo”, disse Fares em entrevista ao Eurogamer. “Acho que [o live service] não é o caminho certo. Espero que mais desenvolvedores foquem em sua paixão e no que realmente acreditam.”
O diretor reconhece as pressões financeiras que levam estúdios a investir em jogos como serviço, mas defende um equilíbrio entre a parte comercial e a criatividade. Para ele, não se trata de simplesmente pedir US$ 100 milhões para um projeto sem controle, mas sim confiar na própria visão sem comprometer a originalidade.
A estratégia tem dado certo para a Hazelight. It Takes Two já ultrapassou 20 milhões de cópias vendidas, provando que jogos focados em experiências únicas ainda podem alcançar um grande público.
Live-Service: Uma Estratégia Arriscada
Nos últimos anos, várias empresas investiram no modelo live-service, com resultados variados. A PlayStation apostou forte no formato, mas enquanto Helldivers 2 superou expectativas, jogos como Concord fracassaram. Além disso, projetos como o multiplayer de The Last of Us e um suposto God of War live-service foram cancelados.
Por outro lado, Joe Tung, veterano da Bungie, defendeu o modelo, dizendo que ele permite aos desenvolvedores manter um foco maior no longo prazo para os jogadores. Já a Ubisoft, em sua última reunião com investidores, afirmou que continuará apostando em jogos live-service e títulos de mundo aberto.
Além do debate sobre o futuro dos games, Fares também comentou sobre o impacto da IA na indústria, afirmando que os desenvolvedores precisam aprender a trabalhar com essa tecnologia emergente.
Split Fiction Chega em Março
O próximo jogo da Hazelight, Split Fiction, chega em 6 de março para PC, PS5 e Xbox Series X|S. Assim como os títulos anteriores do estúdio, será uma aventura cooperativa, acompanhando Zoe e Mio em uma jornada por mundos de fantasia e ficção científica para sobreviver.